sexta-feira, 24 de maio de 2019

A conjuntura econômica no começo do governo Bolsonaro: continuidade da crise do capital, estagnação e aumento do desemprego.

Cem Flores

Neste primeiro semestre de 2019, a dominação burguesa no Brasil permanece em crise, uma crise que se desdobra e se entrelaça nos seus aspectos de crise política e crise econômica desde, pelo menos, 2013. Dados os acontecimentos deste começo de ano e de governo, tanto no campo econômico quanto no político, não parece haver qualquer perspectiva de resolução dessa crise de dominação à vista. O governo Bolsonaro não é a solução burguesa para o final dessa crise. Pelo contrário, ele a agrava. Em relação a uma solução proletária, ela não está presente na conjuntura, considerando a ausência de uma linha marxista-leninista, revolucionária, com força de massas, no seio da classe operária e das demais classes dominadas no país. Criar as condições para essa solução proletária à crise de dominação burguesa no Brasil é a tarefa de todos os comunistas

Por crise política, no contexto brasileiro atual, entendemos a situação na qual o domínio das classes dominantes e de suas frações sobre a superestrutura política e de Estado nãoé capaz de permitir que essas funcionem de maneira estável e eficiente, de forma a implementar o programa político-econômico dessas classes. Podemos adotar como marco (político) inicial da crise política o Junho de 2013, com as enormes manifestações de rua que marcaram aquele mês.

Por um lado, a crise política ocasiona avanços, divisões, recuos e incertezas quanto à implementação efetiva do programa da burguesia, com óbvios impactos de agravamento da crise econômica. Veja-se, por exemplo, o caso da reforma da previdência, um dos principais itens do programa econômico burguês no Brasil de hoje. Em moldes similares ao atual, a burguesia tenta aprovar essa reforma desde o primeiro governo Dilma (fizemos uma análise da proposta de reforma da previdência de Bolsonaro/Guedes aqui). 

terça-feira, 7 de maio de 2019

Estudantes e professores se levantam contra os cortes do Governo! Ocupar as ruas, as escolas e as universidades!

Cem Flores

Desde sua campanha, Bolsonaro elegeu a educação como uma de suas batalhas centrais. Como analisamos em recente texto, seu programa para essa área é ainda mais abertamente reacionário e retrógrado, e se relaciona com as demais frentes de ataque da ofensiva burguesa contra as classes dominadas em nosso país. Ofensiva que se agravou com o desencadear da crise econômica que até hoje emperra a acumulação capitalista em nosso país.
Além de aumentar o aspecto repressivo das instituições educacionais, com a militarização de escolas civis e ampliação das militares em si; de reforçar a censura e a repressão a professores, estudantes e em livros didáticos; de requentar um civismo moribundo, o governo Bolsonaro tem reforçado um discurso de ensino tecnicista para os trabalhadores, que devem se adequar ao máximo a uma formação curta, barata e que atenda por completo as necessidades atuais do capital de uma nação dominada (inclusive, eliminando cursos de humanidades).
Uma das formas de atingir esse último objetivo é a redução do investimento em educação e pesquisa em nosso país (ainda mais!). Aliás, esse é também um imperativo das reformas econômicas que buscam a retomada dos lucros dos capitalistas, inclusive reformulando o “tamanho” e as “prioridades” de seu Estado. 

201 anos do nascimento de Marx.

Em homenagem à data de nascimento de Karl Marx, reproduzimos abaixo o artigo que publicamos ano passado, nos 200 anos do seu nascimento.

Em memória de um dirigente revolucionário do proletariado!

Era, assim, o homem de ciência. Mas isto não era sequer metade do homem. A ciência era para Marx uma força historicamente motora, uma força revolucionária. Por mais pura alegria que ele pudesse ter com uma nova descoberta, em qualquer ciência teórica, cuja aplicação prática talvez ainda não se pudesse encarar — sentia uma alegria totalmente diferente quando se tratava de uma descoberta que de pronto intervinha revolucionariamente na indústria, no desenvolvimento histórico em geral. […] 
Pois, Marx era, antes do mais, revolucionário. Cooperar, desta ou daquela maneira, no derrubamento da sociedade capitalista e das instituições de Estado por ela criadas, cooperar na libertação do proletariado moderno, a quem ele, pela primeira vez, tinha dado a consciência da sua própria situação e das suas necessidades, a consciência das condições da sua emancipação — esta era a sua real vocação de vida. A luta era o seu elemento. E lutou com uma paixão, uma tenacidade, um êxito, como poucos.
Engels, Discurso diante do túmulo de Karl Marx, 17 de março de 1883.
Há exatos 200 anos, na região da Renânia, em Trier, nascia o filho de um casal judeu convertido ao cristianismo. Karl Heinrich Marx, seu nome completo, com apenas 23 anos se tornara doutor em filosofia. Mas não seria como um prestigiado professor universitário, imerso no ambiente intelectual da época, que Marx entraria para os anais da história. Pelo contrário, fora rompendo radicalmente com sua geração, com sua classe, com a ideologia e teorias dominantes, e engajando-se ao nascente movimento operário que ele “fez história”. Ou seja, o legado de Marx é sobretudo o legado de um comunista.

quarta-feira, 1 de maio de 2019

VIVA O 1º DE MAIO! VIVA A LUTA DOS TRABALHADORES NO MUNDO INTEIRO!

Cem Flores

Faz mais de cem anos que os trabalhadores e as trabalhadoras do mundo inteiro celebram suas lutas e seu futuro a cada 1º de Maio. 

O 1º de Maio não é dia de festejo vazio e descompromissado ou de cínicas congratulações. É sim o dia internacional de luta da classe operária e de todos os trabalhadores, dos explorados e despossuídos, daqueles que padecem do desemprego e da miséria, dos que ganham o seu pão com o suor do seu trabalho e dos que haverão de conquistar um mundo sem patrões. 

O movimento operário é hoje o responsável por levar adiante essa luta dos oprimidos que marcou toda a história da humanidade. Uma história de revoluções, de combates gloriosos, de incontáveis atos de heroísmo, valentia, honradez de muitos milhões de anônimos operários, camponeses, soldados, estudantes, intelectuais. 

A classe operária e todas as classes dominadas seguirão em sua luta, hoje mais imprescindível que nunca, pois a crise do imperialismo que atinge o mundo todo faz mais de uma década só significa para nós desemprego, fome, opressão, exploração e guerras.