Postamos abaixo a terceira parte (de um total de quatro) da sequência de publicações sobre a conjuntura econômica brasileira, analisando os desdobramentos em nossa formação da crise do imperialismo e dos rearranjos da economia mundial, e seus impactos nas classes dominadas. Nesse documento abordamos a tendência de reprimarização e especialização na produção de commodities para exportação.
A primeira parte do documento pode ser acessada aqui (http://cemflores.blogspot.com.br/2014/11/teses-sobre-conjuntura-nacional.html) e a segunda parte aqui (http://cemflores.blogspot.com.br/2014/12/brasil-crise-e-regressao-parte-2.html).
V. Reprimarização
“constituição de um setor agroindustrial
voltado à exportação. Na exportação de commodities minerais. Assim, o pólo
dinâmico da economia se transfere para setores voltados à exportação. Portanto,
um conjunto de setores que se realizam no exterior. No geral, setores de
elaboração de produtos primários. Ou seja, os novos setores dinâmicos têm seu
ciclo produtivo concluído no exterior, realizado no exterior. Nesse sentido, o Brasil aprofunda a característica de país
exportador de mercadorias intensivas em força de trabalho e derivadas da
exploração de seus recursos naturais, baseando-se, para competir no mercado
mundial, em sua disponibilidade de força de trabalho barata e de pouca
qualidade. A especialização na produção
e exportação de commodities é outra das características da regressão colonial”.
(Formação
econômico-social brasileira: regressão a uma situação colonial de novo tipo,
negritos nossos, https://sites.google.com/site/cemescolasrivalizem/home/textos-novos/Regress%C3%A3o.pdf?attredirects=0&d=1)
Também em relação à tendência de reprimarização da economia
brasileira, com sua maior especialização na produção e exportação de commodities agropecuárias e minerais,
apontadas no texto sobre regressão,
a realidade do país nos últimos anos, reforçou as tendências apontadas em 2006.
Não apenas o agronegócio e a extração mineral representam parcela
expressiva da atividade econômica brasileira como as exportações e os fluxos
líquidos de divisas são cada vez mais dependentes das vendas desses produtos
básicos.