Cem Flores
Alguns leitores deste blog Cem Flores poderão se perguntar o porquê do
“III” no título deste artigo. É que a imundície
da corrupção, inerente ao capitalismo e aos seus governos burgueses, já nos
levou a escrever duas outras vezes com esse mesmo título, tratando dos governos
Lula (“I”) e Dilma (“II”). Vejam nos links
abaixo:
- A crise do governo Lula ou governando com o esgoto a
céu aberto (de
02.07.2005): http://cemflores.blogspot.com.br/2012/12/a-corrupcao-e-inerente-ao-capitalismo.html; e
- Agora... A Crise do Governo Dilma, ou Governando com o Esgoto a Céu
Aberto II (de 20.11.2014): http://cemflores.blogspot.com.br/2014/11/agora-crise-do-governo-dilma-ou.html.
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A pergunta, então, passaria a ser outra: por que este seria apenas o
artigo “III”? A rigor, esta é ou poderia ser a enésima matéria criticando, de
um ponto de vista comunista, a corrupção desenfreada dos governos Temer, Dilma,
Lula, FHC, Itamar, Collor, Sarney, dos ditadores militares, Jango, JK, Getúlio
etc. Isso apenas para ficarmos nos governos federais a partir da segunda metade
do século XX e para tratarmos somente dos casos brasileiros. No mundo, e só
como um breve exemplo de casos recentes, temos o impeachment por corrupção da
presidente Park Geun-hye na Coréia do Sul; a denúncia de nepotismo que eliminou
as chances de François Fillon na corrida presidencial francesa; o processo
contra o ex-primeiro ministro português José Sócrates (corrupção, fraude fiscal
qualificada e lavagem de dinheiro), a renúncia do ministro da economia japonês
Akira Amari após denúncias de corrupção e suborno, entre infinitos outros etc.
O ponto que devemos destacar
é que quem diz capitalismo – além de dizer exploração das classes dominadas – está,
necessariamente, dizendo também corrupção das classes dominantes. Esta é uma
regra de ouro, inescapável, deste modo de produção.