domingo, 28 de fevereiro de 2016

Oitenta Anos a Enterrar Lenine, por Francisco Martins Rodrigues.


Oferecemos aos camaradas leitores do Blog Cem Flores o texto abaixo, de Francisco Martins Rodrigues, dedicado ao resgate do Leninismo das degenerações revisionistas que ele vem sofrendo praticamente desde a morte de Lênin.

É de suma importância para o movimento operário, comunista, revolucionário, que se possa contrapor o Leninismo e sua posição pela hegemonia proletária no processo revolucionário aos reformismos de toda a espécie, que proliferam sob as táticas e as palavras de ordem de “unidade nacional”, das frentes burguesas pretensamente antiimperialistas, do combate ao neoliberalismo, etc.

Nas palavras do próprio Francisco:

Aprendamos com Lenine que a conquista de alianças de classe não é a troca dos objectivos do proletariado por imaginárias metas não-revolucionárias, capazes de seduzir a pequena burguesia; nem é a troca da voz independente e exigente do proletariado pelos discursos unitário-diplomáticos que agradam a todos e nada esclarecem – é armar o proletariado com a capacidade de arrastar atrás de si as camadas vacilantes”.

Sem a hegemonia da política proletária dentro dele, esses movimentos, por muito positivos que sejam os seus impulsos espontâneos, degeneram continuamente em sonhos patetas de humanizar e domesticar o capitalismo”.

Uma só linha de rumo extraio do leninismo: distinguir continuamente os interesses políticos do proletariado dos da pequena burguesia; ver tudo pelos olhos da única classe que está interessada na liquidação até ao fim do capitalismo, na expropriação da burguesia. Desde que tenhamos essa linha sempre presente encontramos as respostas políticas de cada dia. Pelo menos foi isto que eu aprendi do leninismo”.


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Oitenta anos a enterrar Lenine

Francisco Martins Rodrigues

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

FRANCISCO MARTINS RODRIGUES - Escritos de uma vida.



É com imensa satisfação que divulgamos o blog Francisco Martins Rodrigues – Escritos de uma Vida (https://franciscomartinsrodrigues.wordpress.com), que recolhe artigos esparsos escritos por aquele dirigente comunista. O Cem Flores, ao divulgar o blog com os escritos do camarada Francisco, saúda essa iniciativa que contribui para o avanço da luta de classes do proletariado, para a reafirmação do leninismo e a crítica ao revisionismo, para a reconstrução do partido comunista e para o campo da revolução.

Francisco Martins Rodrigues: resumo biográfico[1]
Nascido em 1927, em Portugal, Francisco Martins Rodrigues trabalhou, ainda adolescente, em uma livraria em Lisboa, antes de tornar-se aprendiz de mecânico na TAP, emprego que perdeu em seguida, por causa de sua primeira prisão pela ditadura portuguesa, ainda em 1950. Participava, então, do Movimento de Unidade Democrática (MUD) juvenil, movimento de oposição autorizado pelo governo salazarista, o qual contava com importante participação do Partido Comunista Português (PCP), partido no qual entra logo depois.