sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Crise Capitalista, Aumento do Desemprego e Arrocho Salarial: a Única Saída para a Classe Operária é a sua Luta!


O capitalismo brasileiro vive mais uma séria crise econômica. Essa crise, que ainda não chegou nem na sua metade, já é a mais grave em quase um quarto de século, desde o mal fadado governo Collor. Após se arrastar por alguns anos, a crise do capital no Brasil se tornou aberta com a recessão iniciada em 2014, que se agravou tremendamente neste ano e vai permanecer, pelo menos, até o próximo ano.

Numa crise capitalista, a burguesia se vê impossibilitada de seguir adiante com as mesmas condições anteriores de produção, ou seja, não consegue mais realizar sua taxa de lucro esperada. Para buscar contrarrestar essa queda nos seus lucros, a burguesia luta para aumentar de todos os modos a exploração sobre a classe operária e demais classes dominadas. Com o fundamental auxílio do Estado burguês (qualquer que seja o governo de plantão), a ofensiva da burguesia na luta de classes em períodos de crise se dá sob a forma de demissões em massa, cortes de salários, revisão de conquistas trabalhistas e outros diversos tipos de precarização do trabalho, além de ameaças e chantagens cotidianas. Com isso, a burguesia busca, por um lado, repor, de imediato, sua taxa de lucro, com a redução dos seus gastos com a força de trabalho. Por outro lado (e não menos importante), a burguesia busca fazer retroceder a posição da classe operária na luta de classes de forma mais perene, mediante o aumento do exército industrial de reserva, o rebaixamento dos salários e das condições de vida das massas trabalhadoras.

Não é diferente o que está acontecendo no Brasil neste ano. Isso pode ser comprovado, primeiramente, pela evolução da taxa de desemprego, que é uma das dimensões do impacto da crise econômica sobre a classe operária e o conjunto dos trabalhadores[i]. O gráfico abaixo traz as duas medidas “oficiais” de desemprego no país, ambas calculadas pelo IBGE[ii].