terça-feira, 28 de outubro de 2014

Caiu a máscara de Dilma Rousseff do PT.

A presidente reeleita Dilma Rousseff, do PT, não esperou muito para retirar a máscara de candidata popular e confirmar a quem pretende continuar servindo em seu novo mandato. No discurso realizado logo após o resultado das eleições afirmou:

“Estou disposta a abrir um grande espaço de diálogo com todos os setores da sociedade para encontrarmos as soluções mais rápidas para os nossos problemas.
Vamos dar mais impulso à atividade econômica em todos os setores, em especial no setor industrial. Quero a parceria de todos os segmentos, setores, áreas, produtivos e financeiros, nessa tarefa, que é responsabilidade de cada um de nós, brasileiros e brasileiras.” (http://www1.folha.uol.com.br/fsp/especial/192720-leia-a-integra-do-discurso-da-presidente.shtml)

Pode ser que não tenha sido explícita o suficiente para os interesses da burguesia. Assim, para não deixar dúvidas de seu compromisso com as classes dominantes, a presidente reforçou, um dia depois das eleições, em entrevista ao Jornal Nacional da Rede Globo:

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Dilma ou Aécio? Direito de resposta a uma falsa questão. Ou: organizar as lutas da classe operária e dos trabalhadores.

O “debate” eleitoral passou ao largo das verdadeiras medidas econômicas e sociais que estão em discussão e deverão ser tomadas pelo governo a partir de 2015, seja ele qual for. Na verdade, não se discute se haverá ou não um ajuste recessivo, anti-trabalhador, mas “apenas” como este “ajuste” será operacionalizado, concretizado.

As eleições de 2014 tratam de atualizar o programa de classe da burguesia, numa conjuntura internacional marcada por um largo período de crise do imperialismo, desde 2007, sem sinais de reversão, com baixo crescimento econômico (quando muito!) nos principais países imperialistas e maior concorrência na economia mundial, com queda nos preços das commodities exportadas pelo Brasil e paralisia econômica no país.

A dissimulação das medidas reais a serem adotadas é um dos pontos em comum entre as duas candidaturas no 2º turno, indicativo de seu compromisso com as classes dominantes, que a “agressividade” dos discursos das campanhas cumpre a função de ofuscar. Além disso, a convergência entre o programa dos dois candidatos pode chegar inclusive ao detalhamento das medidas de “ajuste”.

domingo, 5 de outubro de 2014

Novo número de O Comuneiro.

Foi publicado um novo numero da revista eletrônica O Comuneiro dirigida por Ângelo Novo e Ronaldo Fonseca. Não há dúvida, em nossa opinião, de que O Comuneiro foi e é um importante instrumento para manter o debate em torno da teoria revolucionária em Portugal e no Brasil, principalmente no período em que a ideologia do imperialismo se encontrava na ofensiva da luta de classes. Reproduzimos abaixo o parágrafo inicial da introdução a esse número da revista que pode ser acessada nesse link (http://www.ocomuneiro.com/nr19_01_Introducao.html).


“A Europa será finalmente alemã ou desfar-se-á? Haverá ainda um último fôlego para a social-democracia, reunida em torno do eixo Piketty-Montebourg? O fascismo é cão que ladra mas não morde? O imperialismo norte-americano tem ainda determinação e meios capazes para dar sequência à sua soberba mediática com agressões efetivas e em profundidade, para lá de alguns adversários de cenário e circunstância por si próprio criados? Caminhamos para um mundo multipolar? O livre-cambismo globalista estará à beira da derrocada? Estamos no limiar de uma nova crise “financeira”? Até quando poderá ela ser postergada por extensão da massa monetária e desdobramento do capital fictício? Para onde se dirige a classe operária chinesa? E a grande massa das classes populares e assalariadas nos países do capitalismo clássico, sujeitas ao austeritarismo? O socialismo do século XXI sairá finalmente do seu berço latino-americano? Qual será o impacto demográfico e político da crise alimentar e climática nos países da periferia africana e asiática? Tantas perguntas, tantos anseios...”