quinta-feira, 26 de maio de 2016

Acção comunista em tempos de maré baixa

Reproduzimos abaixo texto do marxista português Francisco Martins Rodrigues. Nesse curto material ele aponta importantes lições para a atuação dos comunistas em "tempos de maré baixa". O original pode ser acessado aqui, no blog que reúne a produção de FMR. Para conhecer um pouco mais da vida desse dirigente marxista acesse aqui.


Francisco Martins Rodrigues


Como podem os comunistas conseguir que o movimento diário das massas pelas suas reivindicações imediatas acumule forças revolucionárias, mesmo neste período de triunfo em toda a linha da burguesia? Esta é uma questão central para os comunistas portugueses, escaldados por sucessivas infiltrações do reformismo, sempre em nome das melhores intenções marxistas.

Acumulação de forças revolucionárias é coisa praticamente desconhecida em Portugal. O que temos são muitos exemplos de como se desacumulam forças: à frente de todos, claro, o PCP, fiel ao seu trabalho minucioso junto do proletariado, nas empresas e nos sindicatos, agitando a bandeira da “defesa das conquistas”, mas conduzindo as massas de derrota em derrota, devido ao seu respeito supersticioso pelo parlamento e pela ordem burguesa; depois, a “nova esquerda” agrupada no Bloco, exibindo as suas causas alternativas (“ampliar a cidadania”, “aprofundar a democracia”), que, na prática, apenas dão voz ao descontentamento da jovem pequena burguesia, em busca de um lugar ao sol; tivemos também a aposta das FP 25 nas acções de guerrilha urbana como meio de “excitar” o movimento popular em declínio, o que as levou ao previsível naufrágio e ao descrédito da via revolucionária; e há ainda muitos simpatizantes da revolução, enojados com o panorama reinante de colaboração de classes, para os quais todas as reivindicações imediatas, parcelares, são indignas de qualquer esforço, pelo que se entregam à inacção declamatória ultra-esquerdista.

Nesse caso, o que se deve fazer?

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Nos 198 Anos de Karl Marx


O blog Cem Flores presta hoje, 5 de maio, uma singela homenagem a Karl Marx, no ano em que se completam 198 anos de seu nascimento.

Incansável militante comunista, fundador e dirigente das principais organizações revolucionárias de sua época, teórico que estabeleceu os fundamentos científicos do materialismo histórico – que é, com justiça, conhecido como marxismo[1] – Karl Marx dedicou toda a sua vida para a causa da classe operária, da revolução proletária, da supressão da exploração capitalista, da construção do socialismo e do comunismo. Por isso, foi censurado, preso, perseguido e exilado um sem número de vezes. Mas quando sua filha lhe perguntou qual a sua ideia de felicidade, sua resposta foi simples e direta: “Lutar[2].

Para ampliar a leitura e o debate entre os camaradas e leitores do blog sobre a vida e a obra de Karl Marx, recomendamos o artigo que Lênin lhe dedicou em 1914: https://www.marxists.org/portugues/lenin/1914/11/marx.htm.

Além disso, nesta nossa postagem em homenagem ao aniversário de Karl Marx decidimos transcrever o trecho final de sua conhecida obra Salário, Preço e Lucro, pelo que entendemos ser sua importância para a correta compreensão da luta de classes que separa, inexoravelmente, burguesia e proletariado; para o entendimento da necessidade da luta sindical e dos seus limites; e para a necessidade de superar esses limites, derrubando o capitalismo.