sábado, 24 de fevereiro de 2018

A nova intervenção militar no Rio de Janeiro: reforço da repressão burguesa no Brasil

Foto de capa da Folha de São Paulo (21/02/2018)    
Hoje em dia, qualquer situação de incursão é esculacho em cima do morador. Entram na casa, batem, obrigam a fazer as coisas. Entram sem licença, sem documentação, e revistam, acham que têm direito de fazer tudo. Trocam tiro com bandido com a gente na rua ou não. Não tem hora certa pra poder entrar ou fazer incursão, de causar vários tipos de problema.

Relato de Morador da Maré no livro A ocupação da Maré pelo Exército Brasileiro - percepção de moradores sobre a ocupação das Forças Armadas na Maré, 2017


No dia 16 de fevereiro, Temer assinou um decreto de intervenção federal na segurança pública do estado do Rio de Janeiro. A intervenção, rapidamente aprovada por ampla maioria no Congresso, transfere o comando da Secretaria de Segurança, das polícias, do corpo de bombeiros e do sistema carcerário do estado para o General do Exército Walter Souza Braga Netto, (pelo menos) até o dia 31 de dezembro de 2018.
A resposta do capitalismo brasileiro à barbárie e à banalização da violência só pode ser mais violência. Solucionar os problemas das classes dominadas que alimentam a violência urbana exige a própria derrota da posição e do poder dos dominantes