domingo, 24 de agosto de 2014

Genocídio começa com o silêncio do mundo. “Nunca mais” deve significar NUNCA MAIS PARA NINGUÉM !

Com o fracasso das negociações de paz no Egito, recomeçaram os confrontos na Faixa de Gaza. A morte de uma criança de quatro anos em Israel reacendeu o clamor de vingança do governo israelense. Mas o que dizer das quase 500 crianças mortas em Gaza?

Há alguns dias, os principais jornais dos Estados Unidos publicaram uma propaganda de página inteira, assinada pelo Prêmio Nobel da Paz Elie Wiesel, em que ele iguala a civilização ocidental às suas origens religiosas, reduz a luta de libertação nacional da Palestina ao Hamas, e os compara aos nazistas[1]. Para a direita israelense, assim como sua congênere nos EUA e nos demais países imperialistas, é bastante apropriado manter esse “conflito” (palavra neutra que permite esconder a assimetria entre as partes e ocultar o opressor) apenas sob sua aparência religiosa ou, como diz Wiesel, como “a batalha da civilização contra a barbárie”.

 

Estaríamos testemunhando um confronto entre o “povo escolhido”, na “terra prometida”, e seus ocupantes. Ou, pelo outro lado, entre fieis e infiéis. Nesse “conflito religioso”, todos têm razão, partindo de seus livros “sagrados”. O que é o mesmo que dizer que ninguém tem razão.

domingo, 10 de agosto de 2014

A Causa da Resistência Palestina se Fortalece!

Lutar, fracassar, voltar a lutar, fracassar de novo, voltar outra vez a lutar, e assim até a vitória: esta é a lógica do povo” (Mao Tsé-Tung)[i].

A invasão israelense à Faixa de Gaza já dura mais de um mês. Depois de breves cessar-fogo, os ataques continuam. Seu saldo, até agora, é o massacre de duas mil pessoas, em sua maioria absoluta civis, dos quais mais de 400 crianças; dez mil feridos e pouco menos de meio milhão de pessoas refugiadas e deslocadas de suas casas. A infraestrutura do país está em grande parte destruída, incluindo a única usina de energia elétrica, diversas escolas, hospitais, centenas de prédios residenciais e comerciais. Faltam luz, água, alimentos e remédios.

E ainda assim, eles resistem.