domingo, 30 de novembro de 2008

Sobre o texto A Águia das Montanhas

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O texto “Lênin – A Águia das Montanhas” encontrei na internet no seguinte endereço:
http://www.marxists.org/portugues/tematica/rev_prob/32/figuras.htm
É uma brilhante apresentação do estilo de Lênin, ou melhor, do estilo leninista, bolchevique, de encarar a luta, de suas vitórias e derrotas, de como se comportar perante as massas e de nunca se separar dos princípios.

No mundo de hoje, onde campeia o revisionismo mais descarado, cuja atitude perante a vida se expressa na presunção, no individualismo, na vaidade, nos desrespeitos aos interesses imediatos das massas e nas suas formas ainda atrasadas de luta. Que desabam sobre as massas as idéias mais absurdas ou mais acomodadas para o momento, que ao mesmo tempo se colocam sobre ela como professores munidos de toscos manuais, não dispostos a ouvir, respeitar, para se apoiar na criatividade e no conhecimento desses explorados é que temos essa lição de Stalin, baseado no exemplo do grande Lênin, no qual, para todos aqueles que quiserem ser um Comunista, é necessário mais que ler, é necessário praticar conscientemente.

Os créditos desse texto, bem como a sua origem estão descritos abaixo:

Primeira Edição: Discurso pronunciado na solenidade organizada pelos alunos da Escola Militar do Kremlin, a 28 de janeiro de 1924.
Fonte: Problemas - Revista Mensal de Cultura Política nº 32- Jan-Fev de 1951.
Transcrição e HTML: Fernando A. S. Araújo, Novembro 2008.
Direitos de Reprodução: A cópia ou distribuição deste documento é livre e indefinidamente garantida nos termos da GNU Free Documentation License.

3 comentários:

Aline disse...

Camarada Aphonso!

Que excelentes textos tens postado no blog! O Cem Flores há de tornar-se uma referência para a luta. Fiquei impressionada com as cartas de Engels, mostrando a lucidez e a perspicácia do velho camarada, que mesmo sem os conceitos necessários (imperialismo e capital financeiro, por exemplo) percebia que algo novo estava acontecendo, que o capitalismo estava sofrendo uma grande transformação, e, de quebra, na carta a Danielson, avisa: -Isto pode nos ser útil!!!! Que visão!

O tempo é escasso, mas consegui ler os textos, sua apresentação sobre as cartas e alguns textos do Centro Cultural Antonio Carlos de Carvalho, se bem que mais antigos.

Mas para mim, que me acuso leninista, o mais belo texto foi a intervenção de Stalin sobre Lênin, A Águia das Montanhas. Nesse sentido, gostaria de solidarizar-me com suas palavras na apresentação desse texto, gostaria de somar-me a este ponto de vista, a esta posição, a meu ver a única posição justa, no combate ao revisionismo em todas as suas formas, na luta contra a ideologia burguesa, profundamente enraizada em cada um de nós e que se expressa no "ar de doutor" que aparece quando e onde menos se espera, na vaidade = medo de avançar pelo caminho justo porém tortuoso da luta popular, que nem sempre se dá como gostaríamos, enfim, "nos desrespeitos aos interesses imediatos das massas e nas suas formas ainda atrasadas de luta".

Sei que este espaço é um espaço de discussão teórica, mas gostaria de chamar a atenção para os descalabros que têm sido ditos e escritos pela auto-denominada "esquerda" brasileira, a exemplo de uma carta dos Movimentos Sociais ao Presidente Lula, que circulou na internet, e que mostra para quem quiser e puder ver o quão rebaixada está a luta, ou melhor, o quão iludida está a "esquerda". No fundo, e salvo raríssimas e honrosas exceções, se trata, em minha opinião, de muito oportunismo, de uma visão obtusa da luta enquanto apenas luta eleitoral. Essa a "vanguarda" de que o povo dispõe atualmente, "Que desabam sobre as massas as idéias mais absurdas ou mais acomodadas para o momento, que ao mesmo tempo se colocam sobre ela como professores munidos de toscos manuais, não dispostos a ouvir, respeitar, para se apoiar na criatividade e no conhecimento desses explorados(...)"

Enfim, se couber, gostaria que o camarada escrevesse mais sobre esse ponto, a meu ver importante para a retomada da luta, para a construção da linha justa, pois, "é necessário mais que ler, é necessário praticar conscientemente".

Saudações leninistas,

Aline Maria

Gilson disse...

“...em qualquer espécie de trabalho, não poderemos cumprir nenhuma de nossas tarefas se apenas nos limitarmos a colocá-las, sem nos preocuparmos com os métodos de realizá-las, sem combatermos os métodos burocráticos de trabalho, substituindo-os, métodos de trabalho práticos e específicos, e sem abandonarmos o método autoritário de trabalho, substituindo-o pelo método de persuasão paciente.” (Mao- Atenção as condições de vida da massa e o estilo de trabalho)
Em todo o trabalho prático de nosso Partido, toda a direção correta é necessariamente “das massas para as massas”. Isso significa recolher as idéias das massas (idéias dispersas, não sistemáticas), concentrá-las (transformá-las por meio do estudo em idéias sintetizadas e sistematizadas), ir de novo às massas para propagá-las e explicá-las de maneira que as massas as tomem como suas, persistam nelas e as traduzam em ação; e ainda verificar a justeza dessas idéias no decorrer da própria ação das massas. Depois é preciso voltar a concentrar as idéias das massas e levá-las outra vez às massas, para que estas persistam nelas e as apliquem firmemente. Sucessivamente, repetindo-se infinitamente esse processo, as idéias vão se tornando cada vez mais corretas, mais vivas e mais ricas. Tal é a teoria marxista do conhecimento. (Mao – A Propósito dos Métodos de Direção)

ANÁLISE DA CONJUNTURA / VMP disse...

Excelentes comentários dos companheiros Aline Maria e Alphonsus de Medeiros. Serve-nos para debater em torno do que vem a ser um partido e sua relação com as classes trabalhadoras. Ao meu ver, o partido deve manter, internamente (no que se refere aos próprios quadros) e externamente (no que refere à relação com os trabalhadores), a máxima horizontalidade possível. Ainda, a análise permanente da conjuntura, os grupos de debate e de ação.