Manifestações contra Bolsonaro no dia 20 de outubro de 2018. |
Como já era apontado pelas pesquisas de intenções de voto, o candidato fascista, de extrema-direita, será o novo presidente do Brasil a partir do ano que vem.
Contados os votos do segundo turno, novamente mais de um quarto do eleitorado brasileiro não compareceu à votação, votou em branco ou anulou o seu voto – por volta de 42,5 milhões de pessoas, número maior que o do primeiro turno. Dos 105 milhões que votaram em algum candidato, Bolsonaro (PSL) venceu, com 55%, o candidato do PT, Haddad, que ficou com 45%.
A vitória da chapa dos militares reformados – o capitão Bolsonaro e o general Mourão – coroa a ascenção da extrema-direita no cenário político brasileiro, que vem sendo construída (pelo menos) desde 2014 e já foi vista nitidamente no primeiro turno e durante o violento processo eleitoral deste ano. Tal ascensão não se encerra em nossas fronteiras, pelo contrário, tem semelhanças com outros casos no cenário internacional. Afinal, não é apenas no Brasil que organizações e candidaturas de extrema-direita ou mesmo abertamente fascistas têm se consolidado enquanto alternativas políticas do imperialismo desde sua última, profunda e inacabada crise. Estamos a presenciar um importante, mas não único, momento desse processo global da nova rodada de agravamento da barbárie capitalista.
Nenhum comentário:
Postar um comentário