domingo, 20 de julho de 2014

VIVA A HERÓICA RESISTÊNCIA DO POVO PALESTINO!

Lutar, Resistir e Expulsar as Tropas Invasoras: Fora Israel da Palestina!


Existir é Resistir”, grita o lado palestino do muro construído pelo regime do apartheid israelense. http://mariangelaberquo.blogspot.com.br/2012/12/teatro-da-liberdade-de-jenin-lava-alma.html

Mais uma vez, a máquina de guerra do estado israelense, com todo o apoio do imperialismo dos Estados Unidos, promove a destruição sistemática na Faixa de Gaza e o assassinato indiscriminado da população civil. Depois dos disparos de artilharia e dos ataques das forças aéreas e marítimas, iniciados em 8 de julho, as forças armadas israelenses iniciaram a invasão do território palestino no último dia 17, ação que culminou – até agora – com o massacre de Shajaya, bairro do subúrbio da Cidade de Gaza, no domingo, dia 20, no qual estimativas conservadoras já apontam para entre 60 e 100 mortos. A conta do morticínio israelense, em menos de duas semanas de ataques, já supera 400 assassinados (dos quais aproximadamente 100 crianças), 2.600 feridos e outros milhares de refugiados, cujas casas foram destruídas.


A justificativa da vez foi a morte de três jovens israelenses raptados na Cisjordânia em 12 de junho e encontrados em Hebron 18 dias depois. Os enterros foram acompanhados de cânticos de “Morte aos Árabes” entoados pela extrema direita dos religiosos ortodoxos israelenses. Em seguida, os colonos israelenses (invasores) sequestraram e mataram um jovem palestino. Daí para iniciar os ataques, sob o pretexto de “segurança nacional”, de destruir a contra-ofensiva palestina, foi um pulo.

Esses novos crimes de guerra israelense se somam a todos os atos ilegais cometidos por Israel na sua recusa do Estado Palestino, na manutenção de sua ocupação, na expansão das colônias, no bloqueio à Faixa de Gaza, incluindo a construção do seu muro da vergonha, entre inúmeros outros. Todas essas “ilegalidades”, ou seja, ações contrárias ao “direito internacional”, às decisões dos organismos internacionais como a ONU e seu Conselho de Segurança, só demonstram a quase total inutilidade desses aparelhos internacionais do imperialismo quando se trata de opor-se aos interesses do imperialismo dos Estados Unidos, principal apoiador e patrocinador de Israel.

Embora os palestinos devam continuar utilizando todas as oportunidades possíveis para denunciar e desmascarar os crimes do Estado israelense, incluindo esses mesmos organismos, – e a solidariedade internacionalista dos comunistas e dos progressistas do mundo inteiro amplie essas denúncias, tornando-as parte da luta de classes contra a exploração capitalista em cada país – não será apenas dessas denúncias e do recurso às esferas do “direito internacional” que será conquistada sua independência, quer dizer, a expulsão de Israel dos territórios palestinos. Como ensina Mao Tsé-Tung,

Para conquistar sua completa libertação, os povos oprimidos devem apoiar-se antes de tudo na sua própria luta e, só em segundo lugar, na ajuda internacional” (Citas del Presidente Mao Tse-Tung, 2ª ed. Pequim: Ediciones en Lenguas Extranjeras, 1967, pg. 189).

A luta do povo palestino é justa, pois é uma luta contra o invasor, contra o agressor. Todos os esforços do povo palestino dirigidos para por fim à invasão e à agressão israelense são justos. A justa luta do povo palestino clama pela solidariedade internacionalista da classe operária, dos trabalhadores, dos povos, dos comunistas e dos progressistas de todo o mundo, incluindo de forma importante os de Israel. A correta atitude internacionalista em Israel é ser contra a guerra, ser contra a ocupação israelense e, nessa luta, lutar para libertar o povo israelense da opressão de seu próprio governo e de sua própria burguesia.

Recorrendo mais uma vez ao Livro Vermelho:

Porque somente lutando em defesa da pátria poderemos derrotar os agressores e alcançar a libertação nacional, e somente alcançando a libertação nacional, o proletariado e os demais trabalhadores poderão conquistar a sua própria emancipação. A vitória da China e a derrota dos imperialistas invasores constituirão uma ajuda aos povos dos demais países” (pg. 187-8).

A heroica disposição de luta do povo palestino contra o apartheid a que está submetido por Israel, mais uma vez levada ao limite com a nova invasão israelense, terminará por paralisar a mão armada do invasor. A repercussão de mais essa invasão de Israel será sentida por todos os povos árabes da região e pelo próprio povo israelense. Com o custo em sangue que for preciso pagar – custo causado não só na Palestina, mas ao redor do mundo inteiro, pelo imperialismo e pelas classes dominantes de cada país – a Palestina será livre, assim como serão livres os trabalhadores de todo o mundo!

Solidariedade internacionalista irrestrita ao povo da Palestina!


2 comentários:

Anônimo disse...

Todo apoio à luta popular!
Coletivo Análise da Conjuntura

Anônimo disse...

Caros companheiros,
Concordo com a avaliação do conflito Israel/Palestina, realizada a partir da luta de classes. É importante resgatar que a libertação do povo palestino (como, aliás, de qualquer povo) só será alcançada a partir de sua própria luta. Mesmo que isso signifique um enorme preço de sangue a ser pago. A contabilidade dos assassinatos israelenses nessa sua nova invasão já passa de mil.
Aproveito para indicar um interessante texto sobre o assunto, ainda que não partindo do marxismo: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/177057-bienal-da-destruicao.shtml.