domingo, 23 de julho de 2017

25 de Julho - Dia da Pátria na Galiza

No dia 25 de julho comemora-se o Dia da Pátria na Galiza. Em comemoração à essa data damos destaque ao ato político internacionalista, convocado pela Organização Socialista e Feminista Galega de Libertação Nacional - AGORA GALIZACem Flores se solidariza integralmente à luta do povo galego por sua independência e pela revolução. Reproduzimos abaixo o manifesto à essa data que divulga AGORA GALIZA.
Para conhecer melhor a posição dessa organização recomendamos também a leitura da entrevista com Carlos Morais, membro da Direção Nacional da AGORA GALIZA, que pode ser acessada aqui.
Reproduzimos ainda, após o manifesto, a saudação ao Dia da Pátria na Galiza que Cem Flores enviou aos camaradas galegos.
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AGORA GALIZA
MANIFESTO 25 DE JULHO 2017
REBELIÃO POPULAR

Independência e Pátria Socialista.

Espanha é um Estado autoritário em deriva fascistizante. O capitalismo um sistema socioeconómico injusto que gera exploração, desigualdade e miséria. O patriarcado um sistema que perpetua a discriminação, dominação e opressão da maioria social, as mulheres.

Este quadro tão adverso só pode ser transformado mediante um processo revolucionário de orientação socialista dirigido pela classe trabalhadora. Sem a auto-organização e a mobilização permanente do povo trabalhador não será viável a necessária ruptura.

Nem Espanha, nem o capitalismo, nem o patriarcado som reformáveis. Estes são os inimigos reais da nossa classe, da nossa nação e das mulheres. 


A alternativa populista à multicrise do regime espanhol postfranquista, que se agudiza de forma paralela à crise estrutural do capitalismo, só conduz à derrota porque as suas deficiências congénitas tendem à conciliação e o pacto e porque não questiona o paradigma centralista do chauvinismo espanhol.

O aparente sucesso da via eleitoral tem anestesiado o movimento popular, tem desmobilizado à classe trabalhadora, tem constringido a luta de libertação nacional da Galiza, tem abduzido e esterilizado a capacidade combativa de importantes segmentos populares.

A alternativa ao regime bourbónico emanado do lifting franquista, não emergirá de moções de censura nem de maiorias aritméticas eleitorais. A rua é o espaço onde se forjará e reconfigurará a alternativa operária e popular frente este presente de miséria carente de um futuro melhor.

A crise capitalista não só provocou a perda de direitos laborais, corte de liberdades, a assimilação e agudização da opressão nacional, reforço do machismo e do patriarcado; a crise capitalista também provocou a implosão das forças revolucionárias galegas. E sem estas ferramentas não é possível transitar da indignação à revolta, da luta espontânea ao combate organizado. Eis pelo que a dia de hoje é tarefa prioritária reconstruí-las.

Frente às inofensivas caldeiradas supeditadas à metrópole disfarçadas de unidades populares, frente ao nacionalismo autonomista de fino verniz soberanista, frente ao independentismo sucursalista, Agora Galiza tem a firme determinação de seguir reconstruindo passo a passo a esquerda independentista, socialista e feminista galega. Não claudicamos, não repregamos nem arriamos as bandeiras.

Consideramos essencial dotar à classe trabalhadora, à Pátria e às mulheres duma força política e social para lutar. Para combatermos eficazmente contra o sistema e o regime, não só contra uma das suas expressões, o PP. Fazemo-lo afastados do fetichismo da alternância eleitoral, da política espetáculo, da charlatanaria caudilhista, do quadro autonómico, das instituições burgueses.

40 anos de “democracia burguesa espanhola” constatam a necessidade de dinamitar os alicerces do sistema e do regime, e a impossibilidade de regenerá-lo.

Fazemo-lo sem solicitarmos autorização a ninguém, afastados das inércias e as comodidades, armad@s de audácia e ambição revolucionária, legitimad@s pela nossa indiscutível trajetória de combate, avaliados por décadas ao serviço do povo trabalhador galego. Eis pelo que apelamos a quem queira contribuir com o seu talento e força de vontade, com o seu suor e energia, a reforçar as nossas fileiras, que tem as portas abertas. Nada prometemos nem nada damos em troca, salvo fé na vitória popular e na Revolução Socialista, e a satisfação do dever cumprido.

O direito à rebelião deve ser o eixo e a guia da prática do movimento de libertação nacional galego e a equação Independência/Socialismo a centralidade tática e estratégica do nosso horizonte, seguindo os exemplos da Revolução Bolchevique e do Che Guevara.

Neste Dia da Pátria manifestamos o nosso compromisso para libertar à Galiza da opressão nacional que padece por Espanha e a UE, tarefa inexoravelmente ligada à superação do capitalismo, mediante a construção de uma sociedade socialista.

A luta é o único caminho!

Viva Galiza ceive, socialista e feminista!

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Saudação do Cem Flores ao Dia da Pátria na Galiza.

Camaradas da Organização Socialista e Feminista Galega de Libertação Nacional - AGORA GALIZA.
Camaradas galegos.

Recebam, em nome da organização comunista Cem Flores, do Brasil, uma saudação pelo dia de vossa Pátria, 25 de julho, o dia da Pátria Galega.

Nos sentimos parte de vossa luta pela independência e pela revolução socialista na Galiza. O imperialismo, sistema mundial de dominação capitalista, é o mesmo que domina vossa Pátria e a nossa, que aprofunda a exploração de nossos povos, que impõe aos trabalhadores de todo o mundo a guerra, a miséria, a fome, a barbárie. A crise desse sistema é a expressão de sua putrefação, da necessidade de nos organizarmos em todo o mundo para derrubá-lo.

Nosso inimigo é o mesmo e nossos objetivos também são os mesmos. A luta pela revolução proletária, pelo socialismo, é o objetivo que nos une. O caminho é a organização de nossos povos, a retomada e o aprofundamento de nossa teoria e a construção de nossa ferramenta de combate, o Partido do Proletariado. Essa luta não tem fronteiras. Somos um só povo, proletários de todo mundo, galegos e brasileiros, a construir juntos um novo futuro. Nossa unidade e solidariedade será a garantia de nossa vitória!

Viva o Dia da Pátria Galega!

Cem Flores.

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