sexta-feira, 29 de junho de 2018

O capitalismo utópico da “esquerda” brasileira

Há mais de uma década, no início de 2007, publicamos o texto "Do capitalismo utópico ao socialismo científico" com o intuito de traçar uma divisão clara entre a posição marxista-leninista e a posição do reformismo e do revisionismo, a posição da autointitulada “esquerda”, posição burguesa de fio a pavio. O texto foi motivado por ocasião da visita de Bush ao Brasil - mais especificamente à Lula - e o debate que surgiu daí.

Naquela época, estávamos no início do segundo governo petista (já sob a sombra do “mensalão”) e antes da explosão violenta da última crise do imperialismo. A imaginária "janela histórica" dada por mais uma vitória eleitoral do PT para governo federal dera asas à imaginação reformista e oportunista. Os debates sobre o desenvolvimento (capitalista!) do Brasil estavam em alta. Com isso, o marxismo-leninismo, enquanto teoria e prática, recebia mais uma pá de cal no terreno da dita “esquerda”. Nos víamos assim na obrigação de denunciar tais posições, por entender que:

O sentido do desenvolvimento do Brasil, resultado de leis inerentes à reprodução do capital na economia mundial é problema do imperialismo e seus sócios, as classes dominantes brasileiras, e contra eles temos que nos bater na luta de classes [...] O que se coloca para nós é o projeto de libertação do proletariado e demais classes dominadas, que só é possível rompendo com o sistema imperialista [...].


As propostas do revisionismo de reformar o capitalismo, visando "uma sociedade mais justa e igualitária" (ou, na tradução petista, "um país de todos") são criticadas desde os primórdios do comunismo, como se observa no clássico texto de Engels que resgatamos em sua atualidade.  E hoje, mesmo estando sob os escombros do projeto petista, a atualidade e a importância dessa crítica se renovam dado o contexto de ano eleitoral.

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