Em períodos como o que vivemos hoje no Brasil, em que é necessário combater a reforma trabalhista, a reforma da previdência, dentre outros avanços da burguesia sobre a classe operária e as classes dominadas, muitos, de forma sincera, podem se questionar:qual deve ser a posição proletária na luta de classes, incluindo os períodos de ofensiva da burguesia? Ceder nos princípios e tentar crescer na lógica do "menos pior"? Ou sustentar-se nas posições do proletariado, mesmo que aparentem ser posições mais isoladas, lutas mais difíceis?
Desde Marx e Engels, a autonomia e a independência política e ideológica do proletariado sempre foram destacadas como uma necessidade de primeira ordem para a política revolucionária. Combatendo assim a ilusão do fortalecimento do proletariado através de recuos em sua posição. Em 1850, ambos revolucionários, em Mensagem do Comitê Central à Liga dos Comunistas, por exemplo, afirmam: "[Os proletários] não devem se deixar cativar […] pela retórica dos democratas, como, por exemplo: dessa maneira se estaria fracionando o partido democrático e dando à reação a possibilidade de chegar à vitória. No final das contas, todo esse fraseado vazio tem um único propósito: engambelar o proletariado. Os avanços que o partido proletário poderá fazer através dessa atuação independente são infinitamente mais importantes do que a desvantagem gerada pela presença de alguns reacionários entre os representantes."
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