A experiência histórica de luta proletária e comunista nos ensinou diversas vezes que a reação burguesa aumenta em ferocidade e violência a cada derrota que lhe é imposta pela luta do proletariado e das massas populares. A razão para isso está na redução (ou perda) de seus privilégios de classe, dos seus lucros, dos seus luxos, do seu mando sobre o aparelho do Estado burguês. Daí o ódio que a burguesia devota ao proletariado e ao povo pobre em geral. Ódio de mortos-vivos aos seus futuros coveiros… A recíproca do proletariado não é menos verdadeira. Ódio mortal ao regime de exploração burguês e aos seus patrões e luta por sua derrubada. Ódio que, se hoje ainda é difuso e instintivo, mais cedo ou mais tarde será coeso e organizado novamente.
Em suas clássicas análises sobre a luta de classes na França, por exemplo, Marx e Engels demonstram que tal luta tende a se tonar mais violenta ao passo que se torna mais decisiva. A insurreição de 1848, quando o proletariado, em armas, já possuía parte do poder de Estado, foi respondida pela burguesia com um banho de sangue “como não se tinha visto um igual desde os dias das guerras civis que iniciaram a decadência da República romana. Era a primeira vez que a burguesia mostrava até que louca crueldade de vingança é levada, logo que o proletariado ousa surgir face a ela como classe à parte, com interesses e reivindicações próprios. E, ainda assim, 1848 foi uma brincadeira de crianças perante a sua raiva de 1871 [Revolução e Comuna de Paris].
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