domingo, 28 de abril de 2019

Aumento da repressão à população pobre e trabalhadora como necessidade do capital em crise: programa do governo Bolsonaro.

Cem Flores

Jair Bolsonaro sempre se caracterizou pela apologia da violência do opressor contra o oprimido, pela apologia da violência de Estado. Pela defesa da violência de Estado, em todas as suas formas (ditadura militar, assassinatos, torturas, agressões), seja mediante o aparelho repressor formal (Forças Armadas e polícias), seja pelo uso de sua “força auxiliar”, semiclandestina (esquadrões da morte, pistoleiros, milícias). 

Nada a estranhar, portanto, quando a campanha eleitoral do ano passado resultou em recorde de violência, incluindo assassinatos, como o do mestre capoeirista Moa do Katendê. No governo, Bolsonaro busca concretizar seu programa, por meio do decreto legalizando e estimulando a posse de armas, em especial no campo; com o projeto “anticrime” do Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, na verdade, uma licença para matar para policiais; com o reforço do aparato repressivo contra manifestações populares; e com as reiteradas demonstrações de apoio à crescente e cada vez mais letal ação repressiva do Estado, inclusive a recente negação dos fatos– no caso do assassinato, pelo Exército Brasileiro, aos risos, do músico Evaldo Rosa e do catador Luciano Moraes

A base material na qual essa apologia da repressão se baseia – e que garante popularidade aos seus defensores (Bolsonaro e família, Wilson Witzel,governador do Rio de Janeiro, bancada da bala nos legislativos federal e estaduais, etc.) junto às classes dominantes a às camadas médias – é a extrema violência da sociedade brasileira e o medo dessas classes de que essa violência extrapole as favelas e periferias, chegue aos seus bairros elegantes e atinja os seus. Mas isso já aconteceu faz tempo... Daí o apoio entusiasmado dessas classes ao aumento da repressão, legal e ilegal, comprovado cotidianamente através de incontáveis exemplos.

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